À beira da recessão, desempenho da economia brasileira no 2º trimestre deverá ser melhor do que a dos EUA
CoronavirusEconomiaFabio PannunzioGRADEHilightsInternacionalTertulia 26 de agosto de 2020 Equipe TV Democracia 0


São Paulo (foto Beno Suckeveris)
Na próxima terça-feira (1), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai divulgar o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos do país, do 2º trimestre. A expectativa é de um número negativo que colocaria o Brasil em recessão técnica.
Mesmo assim, um levantamento da Austin Ratings divulgado nesta quarta-feira (26) projeta um tombo menor do que a maioria dos países da zona do euro e da América Latina, como México, Colômbia, Chile e Peru. A Argentina já está em recessão há dois anos.
De acordo com a agência, que pesquisou os números oficiais de 38 países, no trimestre entre abril e junho, a maior queda foi a do PIB peruano (-27,2%), seguida pelo Reino Unido (-20,4%).
Espanha(-18,5%), Portugal (-13,9%) e França (-13,8%) também passaram da barreira dos 10%. Os EUA tiveram uma retração de 9,5% enquanto a Alemanha registrou tombo de 9,7%.
A expectativa é que a economia brasileira tenha uma queda recorde entre 8% e 10%, o que deixaria o país na 23ª posição do ranking.
No 1º trimestre, com recuo de 1,5%, o Brasil ficou em 16ª lugar no levantamento da Austin Ratings.
“Se o resultado oficial vir abaixo de 9% como espera parte das 12 consultorias e instituições financeiras brasileiras, a queda será menor também que a registrada pelos EUA”, afirmou o economista-chefe da agência classificadora de risco de crédito, Alex Agostini.
Para ele, a explicação de uma queda menor do PIB no 2º trimestre está ligada ao bom desempenho da agropecuária, à alta das comodities metálicas e à ajuda do governo às famílias mais vulneráveis neste período de pandemia: “Mas, também é importante registrar que o país demorou para fazer a quarentena, bem como saiu mais rápido que os demais países”.
A agência prevê um PIB negativo de 5,1% em 2020 e uma alta de 3,3% para o ano que vem.
“Infelizmente, a recuperação no Brasil será mais lenta em relação as demais economias, com destaque para as economias emergentes, em virtude de o Brasil estar algum tempo em processo de recuperação fraca devido aos desarranjos do lado fiscal, que acumula déficit anual desde 2014, bem como os entraves entre Executivo e Legislativo que afetam a aprovação das reformas estruturantes, além das recentes discussões sobre a manutenção do teto de gastos”, declarou Agostini.
Apenas duas economias tiveram desempenhos acima da média: a China, com uma alta expressiva de 11,5%, e Hong Kong (-0,1%).
Editor Chefe: Fábio Pannunzio
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