Araújo critica ONU, OMS e a China na Assembleia Geral da ONU sobre Covid-19
colunistasCoronavirusEconomiaFabio PannunzioGRADEHilightsInternacionalPolíticaSaúde 4 de dezembro de 2020 Equipe TV Democracia 0

Termina nesta sexta-feira (4), a reunião extraordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas para discutir da crise da Covid-19.
Mais de 90 presidentes e primeiros-ministros participam do evento realizado por videoconferência.
Os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e dos EUA, Donald Trump, declinaram do convite feito pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Bolsonaro foi representado pelo chanceler Ernesto Araújo, que foi um dos últimos a discursar.
O correspondente da TV DEMOCRACIA em Genebra, na Suíça, Jamil Chade, acompanhou a fala do ministro brasileiro.
Foi mais um vexame da diplomacia brasileira.
Araújo criticou a anfitrião ONU, do qual o Brasil é um dos fundadores, reafirmando a defesa da soberania nacional em contraponto ao multilateralismo.
Para ele, foram os governos nacionais que deram resposta à crise e que ela não pode ser usada como “pretexto’ para ampliar a agenda ou o mandato da ONU, que é apenas uma “plataforma para compartilhar experiências”.
O ministro das Relações Exteriores criticou o que chamou de lugares-comuns como “o mundo precisa de mais multilateralismo” e “problemas globais exigem respostas globais”.
“Clichés não vão ajudar a solucionar a pandemia. Apenas o trabalho nacional e a cooperação entre nações poderia dar uma resposta. Já o papel dos organismos seria apenas de servir como local de coordenação”.
Apesar de reconhecer a importância da Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate à pandemia do coronavírus, Araújo cobrou mais transparência e admitiu que há um papel a ser desempenhado pela coordenação internacional.
Ele reafirmou que a recuperação da economia não partiu dos organismos internacionais: “Isso não é para culpa-las, mas são respostas nacionais que foram fundamentais”.
Sem levar em conta dados do próprio governo que o contradizem, Araújo disse que o desemprego está “sob controle”.
Sobre o combate à pandemia, o chanceler destacou o contrato que o Brasil assinou para receber e produzir a vacina Oxford/AstraZeneca na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e não citou nominalmente a empresa chinesa Sinovac, que chamou de “laboratório estrangeiro” que fez acordo de outra vacina, a Coronavac, com o Instituto Butantan.
Araújo relatou que juntos, a Fiocruz e o Butantan teriam a capacidade de produção de 600 milhões a 800 milhões de doses de vacinas.
Ele aproveitou para mais uma crítica à China, principal parceiro comercial do país.
“Quem não gosta da liberdade sempre tenta se beneficiar de uma crise para pregar limites para a liberdade. Controle social totalitário não é o remédio para nenhuma crise. Não vamos fazer a democracia e a liberdade mais uma vítima da Covid-19”.
Recentemente, nas redes sociais, Araújo tem trocado ofensas e críticas contra a China e até defendeu o filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que atacou Pequim por causa da tecnologia 5G da empresa Huawei, ironicamente, um dos principais fornecedores de equipamentos utilizados nas telecomunicações brasileiras.
A embaixada chinesa em Brasília não gostou, alertou que o parlamentar estava colocando em risco a relação entre os dois países e ameaçou retaliações contra o Brasil.
Editor Chefe: Fábio Pannunzio
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