Carlos Bolsonaro é investigado por contratação de funcionários fantasmas na Câmara do RJ
CorrupçãoFabio PannunzioGRADEHilightsJustiçaPolítica 14 de agosto de 2020 Equipe TV Democracia 0

Criação de funcionários fantasmas não é exclusividade do presidente Jair Bolsonaro e do filho senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Agora, também é investigado outro filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que já está no quinto mandato na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
O Ministério Público do estado (MPRJ) apurou casos suspeitos no primeiro mandato, a partir de 2001. “Há indícios, ao menos em tese, do crime de peculato na contratação”, informa o relatório aceito pela Subprocuradoria-Geral da Justiça.
No inquérito iniciado em julho de 2019, os promotores ouviram o depoimento de pelo menos oito pessoas. Entre elas, funcionários que raramente apareciam na Câmara ou que nem tinham crachá de servidor, sem o qual só entrariam na Casa como visitantes.
Chamou a atenção a contratação de “servidores com idade elevada, e que moram em outros municípios e até em outros estados, distantes de onde é exercido o mandato do vereador Carlos Bolsonaro”.
Diva da Cruz Martins, de 72 anos, que mora em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, estava na folha de pagamentos do filho do presidente entre 2003 e 2005, ou seja, no primeiro e no segundo mandatos, e recebia R$ 3 mil por mês.
Ela só aparecia uma vez por mês na Câmara para buscar folhetos que distribuía no Centro de Nova Iguaçu e assinar o ponto. Diva não sabe qual era o nome do cargo dela.
A Câmara não tem nenhum registro da presença da funcionária do vereador entre 2003 e 2005.
O casal Ananda e Guilherme Hudson mora em Resende, no sul do estado, a cerca de 3h de carro da Câmara.
Ananda estudava Letras na cidade, enquanto foi servidora do parlamentar entre março de 2009 e agosto de 2010. Ela disse que conseguia conciliar as duas atividades, pois estudava à noite e o casal só assinava o ponto uma vez por mês. Ananda confessou que nunca participou de uma reunião com o vereador.
Já Guilherme Hudson foi chefe de gabinete entre abril de 2008 e janeiro de 2018. Ele substituiu a prima e ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, que mora em Resende.

Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro
Apesar de exercer cargo de chefia, Hudson “nunca teve crachá” e que “fazia análise de constitucionalidade e elaborava textos para projetos de lei, que eram revisados pela esposa para adequação à norma culta da língua”.
Segundo os promotores, ele também disse que “quando redigia os projetos de lei, os salvava em pendrives e entregava diretamente ao vereador, de forma que não tem registros desses trabalhos”.
Pelo Twitter, Carlos Bolsonaro ironizou sobre a reportagem divulgada pela TV Globo nesta quinta-feira (13) : “Procedimento que corre em SEGREDO DE JUSTIÇA misteriosamente vazado. Mais uma matéria requentada repleta de desinformações, ilações e relativa há quase 2 décadas. Muito tranquilo e os esclarecimentos sendo prestados à justiça e não a estes cujo objetivo todos sabem qual é”.
Editor Chefe: Fábio Pannunzio
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