Demissão de Mandetta repercute na imprensa internacional: “exoneração em plena crise do coronavírus”
CoronavirusFabio PannunzioHilightsPolítica 17 de abril de 2020 Fabio Pannunzio 0

Jornais da Espanha, Itália, França e Inglaterra destacam divergências entre Bolsonaro e analisam que número de mortes pelo coronavírus está subindo no Brasil.
Por Rafael Bruza – com informações de Gina Marques
A demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, repercutiu em jornais internacionais nesta quinta-feira (16). Diversas publicações européias ressaltaram que Mandetta foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “em plena crise do coronavírus” e em um momento de “aumento de mortes” pela doença.
A correspondente da TV Democracia na Itália, Gina Marques (vídeo), explica que alguns jornais europeus fizeram apuração equivocada do caso – afirmando, por exemplo, que o ministro pediu demissão, quando, na verdade, ele foi demitido por Bolsonaro.
Publicações sobre a demissão
O site francês, The Conversation, mostra Bolsonaro com um nariz de palhaço, em uma caricatura feita no Brasil, e destaca: “Diante da gestão de crise no Brasil, o poder de Bolsonaro abalou”.
O texto analisa que “esse presidente de extrema direita defende um dia de jejum religioso para “libertar o Brasil do mal”.
O The Guardian, da Inglaterra, classifica Bolsonaro como um presidente de “extrema direita que minimiza o impacto do coronavírus”.
A publicação informa que brasileiros gritaram “Bolsonaro assassino” no centro do Rio de Janeiro, após o anúncio da saída de mandetta. Também publica declaração de um médico brasileiro.
“É um absurdo mudar o ministro da saúde em meio a uma pandemia. Foi uma decisão terrível do presidente, que está preso em ideias sem qualquer base científica ou clínica e vai contra tudo que está acontecendo no mundo”, afirma o médico, segundo publicação do The Guardian.
Itália e Espanha focam disputas
O site italiano, Il Post, informa que a demissão de Mandetta foi feita por “divergências” com Jair Bolsonaro e apresenta pesquisa, feita no Brasil, que mostra como 76% das pessoas aprovam a gestão do ex-ministro, enquanto apenas 33% concordam com o presidente da República.
Na Espanha, o jornal El País noticia que Mandetta é um médico “que apela para a ciência”.
“Era um firme partidário do isolamento social, que o presidente quer relaxar para reativar a economia”, diz a publicação.
El Periódico, de Barcelona, nesta mesma linha, informa que Mandetta é defensor das quarentenas, “mas Bolsonaro não tolerava essa política, nem a popularidade do ministro”.

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta
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