Focus: mercado prevê inflação acima da meta do governo e diminui queda do PIB em 2020

O mercado financeiro subiu a estimativa da inflação pela 17ª semana seguida e baixou a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país.

As informações constam do relatório Focus feito pelo Banco Central (BC) divulgado nesta segunda-feira (7).

O levantamento semanal é feito com base em informações prestadas por analistas de mais de 100 instituições financeiras.

Eles estimaram que, a inflação deste ano passe de 3,54% para 4,21%, ou seja, pela primeira vez a projeção ficou acima da meta central definida pelo governo, que é de 4%.

Pela margem definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta pode chegar até a 5,5%.

Para o ano que vem, a estimativa do mercado financeiro é que a inflação caia dos 3,47% previstos no relatório anterior para 3,34%, pouco abaixo da meta central da CMN (3,75%).

Pela 5ª vez seguida os economistas baixaram a projeção do PIB de 2020 de -4,50% para -4,40%.

Para 2021, o mercado prevê PIB positivo de 3,50% ante 3,45% estimados no relatório anterior.

Como vem ocorrendo desde o final de outubro, os analistas mantiveram a taxa básica de juros (Selic) em 2% até o final do ano, mas, para 2021, eles acreditam em alta de juros para 3% ao ano.

O mercado financeiro baixou a cotação do dólar para este ano de R$ 5,38 para R$ 5,22, e para 2021, de R$ 5,20 para R$ 5,10.

Outra mudança importante apontada pelo Focus é de alta da balança comercial (diferença do total de exportações menos as importações) de US$ 57,90 bilhões para US$ 58 bilhões em 2020.

A previsão para o ano que vem foi mantida em US$ 56,50 bilhões de superávit.

Quanto ao investimentos estrangeiros no Brasil, os analistas estimaram uma queda de US$ 45 bilhões para US$ 43,15 bilhões e mantiveram a projeção de US$ 60 bilhões para 2021.

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