Guedes diz que não vai dar mais dinheiro para SP importar Coronavac
CiênciasComportamentoCoronavirusEconomiaFabio PannunzioGRADEHilightsJustiçaPolíticaSaúde 29 de outubro de 2020 Equipe TV Democracia 0

O Brasil chegou a 158.611 mortes e 5.474.846 casos de Coronavírus às 13h desta quinta-feira (29).
Os números foram divulgados pelo consórcio de veículos de mídia.
Mais cedo, o ministro da Economia, Paulo Guedes disse, em videoconferência à Comissão Mista do Congresso que acompanha as medidas de combate à Covid-19, que não vai liberar dinheiro para o governo de São Paulo pagar pela importação e fabricação da vacina chinesa Coronavac.
“Nós já mandamos bastante dinheiro para São Paulo. Tomara que São Paulo encomende, pague a vacina e vacine a sua população. Pede dinheiro para fazer vacina, agora pede dinheiro para eu pagar, para mandar para São Paulo de novo. Já mandamos dinheiro de saúde para São Paulo”.
O governador do estado, João Doria (PSDB-SP), não quis comentar as declarações de Guedes.
O ministro da Economia, que não é especialista em Saúde, também falou sobre a obrigatoriedade da vacina para toda a população.
“Eu acredito que a vacina é uma decisão voluntária de cada um. Se o sujeito preferir ficar trancado em casa seis anos, não trabalhar e não tomar vacina nenhuma, não ter contato nem com a mulher nem com o filho, com ninguém, se ele resolver ficar trancado e não tomar a vacina, é problema dele. Ele é livre para fazer. Se ele quiser sair e tomar três vacinas, ele toma. Ele tem que conversar com o médico dele”.
Nesta quinta-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou habeas corpus preventivo a dois moradores de São José do Rio Preto (SP), que pediam para não serem obrigados a tomar uma futura vacina contra o coronavírus conforme decisão de Doria.
Na semana passada, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, negou que a vacinação será obrigatória: Ela “será opcional e [destinada] às pessoas que têm consciência do quanto a vacina protege contra doenças, especialmente o coronavírus, que mata mais de 600 brasileiros por dia”.
Em entrevista à agência Reuters, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, declarou que o Brasil deverá ter uma vacina aprovada e pronta para uso da população no primeiro semestre do ano que vem.
“Acredito, pelo que temos observado, que o tempo para isso acontecer será em algum momento entre o primeiro mês e o sexto mês de 2021, ou seja, no primeiro semestre de 2021. Por enquanto é isso que acredito em face do que temos visto”.
Ele não descartou a liberação de uma vacina com percentual de eficácia em torno de 50%.
Torres disse que há uma discussão mundial sobre este percentual da eficácia da vacina e que, por ora, não há um consenso.
Ele afirmou que a Anvisa já aprovou vacinas contra a (gripe) influenza com percentual abaixo de 50%.
Sobre a politização entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria, sobre a Coronavac, a vacina desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, o diretor-presidente do órgão não quis tomar partido.
“Essas questões não nos interessam e lamentamos que num momento como esse elas ganhem vulto perante a imprensa e perante a sociedade porque na verdade o inimigo não é esse, o inimigo é o vírus e ele precisa que nós estejamos unidos para combatê-lo. Então aqui na agência nos mantemos focados no trabalho e lembrando que o nosso norte é, sempre foi e sempre será a ciência. Política para os políticos, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, completou.
Para o portal UOL, Torres foi categórico sobre qual vacina será adquirida pelo governo federal: “A decisão de compra é uma decisão que será tomada por quem assinar o cheque, e isso não virá de nós”.
Nesta quinta-feira (29), o laboratório anglo-sueco AstraZeneca anunciou que a vacina desenvolvida com a Universidade Oxford (Reino Unido) só deverá chegar ao Brasil em janeiro e não mais em meados de dezembro, como estava previsto.
Ao lado da Coronavac, a vacina Oxford é a mais forte candidata a ser comprada pelo governo federal que, inclusive, assinou um acordo de R$ 1,9 bilhão com a indústria.
A pandemia afetou mais uma grande festa brasileira.
O Carnaval do Rio de Janeiro foi cancelado em 2021.
Editor Chefe: Fábio Pannunzio
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