Inflação oficial sobe 0,64% em setembro e é a maior de 2020: arroz e óleo de soja são os vilões
CoronavirusEconomiaFabio PannunzioGRADEHilightsTertulia 9 de outubro de 2020 Equipe TV Democracia 0

A inflação oficial subiu 0,64% em setembro e é a maior do ano.
É a maior alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para um mês de setembro desde 2003 (0,78%).
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram informados nesta sexta-feira (9).
O IPCA é o resultado de uma pesquisa de preços de uma cesta de consumo típica das famílias com renda de um a 40 salários mínimos e é feita em 10 regiões metropolitanas e seis municípios.
No acumulado do ano, o índice já subiu 1,34% e, em 12 meses, 3,14%.
Mesmo assim, ainda está abaixo da meta central do Banco Central para 2020, que é de 4%, mas ultrapassou o piso (2,5%).
Segundo o IBGE, o impacto maior veio do grupo Alimentos e Bebidas (0,46 ponto percentual), que também teve a maior variação (2,28%).
As maiores altas vieram do óleo de soja (27,54%), arroz (17,98%), tomate (11,72%) leite longa vida (6,01%) e as carnes (4,53%).
Já as maiores quedas foram da cebola (-11,8%), batata inglesa (-6,30%), alho (-4,54%) e frutas (-1,59%).
No ano, os preços do óleo de soja somam 51,30% e do arroz, 40,69%.
De acordo, com o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, estas altas estão relacionadas ao dólar e ao maior consumo interno.
“Pelo lado da demanda, tem um impacto do auxílio emergencial, que tem garantido a manutenção do consumo, sobretudo das famílias mais pobres. Pelo lado da oferta, tem também o impacto do câmbio, com aumento significativo das exportações de produtos como o arroz e a soja”.
Sete dos nove grupos pesquisados tiveram alta.
O grupo Transportes avançou pelo quarto mês seguido. Destaque para a gasolina (+1,95%) que, sozinha, causou um impacto de 0,09 ponto percentual no IPCA.
Depois de quatro meses em retração, o grupo Vestuário voltou a subir (0,37%), efeito da recuperação das vendas do comércio.
Novamente, os planos de saúde seguraram o IPCA. Eles tiveram queda de 2,31%, um impacto de -0,10 ponto percentual.
Kislanov explicou que, como os preços estão congelados desde maio por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a parcela retirou peso da inflação.
A flexibilização das regras de quarentena repercutiu no aumento de preços de alguns serviços.
A alimentação fora de casa subiu 0,82 contra uma deflação de 0,11% em agosto.
As passagens aéreas tiveram a maior variação (6,39%) após uma retração de 1,97% em agosto.
O aluguel de veículos aumentou 5,14% em setembro.
Todas as regiões pesquisadas tiveram alta nos preços.
A maior foi registrada em Campo Grande (MS), com 1,26%, seguida por Fortaleza (1,22%) e Rio Branco (AC), com 1,19%.
O IPCA mais baixo foi o da Grande Salvador, com 0,23%.
Editor Chefe: Fábio Pannunzio
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