Justiça mantém o polêmico Sérgio Camargo na presidência da Fundação Palmares
ComportamentoDireitos HumanosFabio PannunzioGRADEHilightsJustiçaPolíticaReligião 5 de agosto de 2020 Equipe TV Democracia 0

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve Sérgio Camargo na presidência da Fundação Cultural Palmares.
O recurso da Defensoria Pública da União (DPU) foi rejeitado pelos ministros, que não julgaram o mérito da ação.
No recurso, a DPU alega que a gestão de Camargo “desviou a Fundação Cultural Palmares de suas finalidades legais e dos imperativos que devem reger a administração pública”.
A Fundação foi criada em 1988 para promover e preservar valores decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira. Entre outras atribuições, ela deve emitir certidão às comunidades quilombolas.
A entidade é vinculada à Secretaria Especial da Cultura que, por sua vez, é ligada ao ministério do Turismo.
Antes de ser nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro, em novembro de 2019, o jornalista Sérgio Camargo já colecionava polêmicas. Ele classificou o racismo no Brasil como “nutella”, que “racismo real existe nos Estados Unidos. A negrada daqui reclama porque é imbecil e desinformada pela esquerda”.
A comunidade negra certamente não gostou de outras declarações do presidente da Fundação Palmares: “A escravidão foi terrível, mas benéfica para os descendentes. Negros do Brasil vivem melhor que os negros da África”.
Sobre o Dia da Consciência Negra: “O feriado precisa ser abolido nacionalmente por decreto presidencial. A data causa incalculáveis perdas À economia do país, em nome de um falso herói dos negros (Zumbi dos Palmares, que escravizava negros) e de uma agenda política que alimenta o revanchismo histórico e doutrina o negro no vitimismo”.
Tem mais. Em uma rede social, ele disse que “sente vergonha e asco da negrada militante. ÀS vezes, (sinto) pena. Se acham revolucionários, mas não passam de escravos da esquerda”.
Camargo já criticou o sistema de cotas raciais e símbolos da luta negra. Vale lembrar que, ele não se manifestou sobre os protestos mundiais contra o racismo deflagrados após o assassinato do americano George Floyd por um policial.
Numa reunião no dia 30 de abril, cujo conteúdo o jornal O Estado de São Paulo teve acesso, Camargo chamou Zumbi de Palmares, que dá nome à Fundação, de “filho da puta que escravizava escravos”, criticou o Dia da Consciência Negra, falou em demitir “esquerdista” e destratou uma mãe de santo, Baiana de Oyá, xingando-a de “filha da puta, macumbeira e miserável”.
Ela é coordenadora de Politicas de Promoção e Proteção da Diversidade Religiosa da Secretária de Justiça do Distrito Federal. Baiana de Oyá está processando Camargo por injúria racial, discriminação racial e discriminação religiosa.
Editor Chefe: Fábio Pannunzio
- Mais de 13 milhões de pessoas de todo o mundo já foram vacinadas contra Covid-19 - 5 de janeiro de 2021
- Taxa de transmissão de Covid-19 no Brasil cai para 1,04 - 5 de janeiro de 2021
- Bolsonaro: “Vão ter que me aguentar até o fim de 22” - 5 de janeiro de 2021
- Fabio Pannunzio em Camiseta #somos70porcento Mãos Solidárias
- GUSTAVO S C GUEDES em Camiseta #somos70porcento Mãos Solidárias
- Fabio Pannunzio em Fábio Pannunzio confessa: “Eu também já fui crente um dia!”
- Fabio Pannunzio em Fábio Pannunzio confessa: “Eu também já fui crente um dia!”
- Fabio Pannunzio em Fábio Pannunzio confessa: “Eu também já fui crente um dia!”
Nenhum comentário ainda. Comente!
Be first to leave comment below.