Lava Jato deflagra operação Boeman: suspeita de desvio de US$ 40 milhões da Petrobras
CorrupçãoFabio PannunzioGRADEHilightsInternacionalJustiça 23 de setembro de 2020 Equipe TV Democracia 0

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram a Operação Boeman, a 75ª fase da Operação Lava Jato nesta quarta-feira. Boeman é uma referência ao “bicho papão” holandês.
Os crimes investigados são de corrupção e lavagem de dinheiro.
Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, mas nenhum de prisão, no Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe.
A juíza federal Gabriela Hardt, que expediu os mandatos, ainda decretou o bloqueio de bens de Maurício Carvalho, Eduardo Navarro Antonello e de cinco empresas no valor total de R$ 20 milhões.
É bem menos do que os US$ 40 milhões que teriam sido pagos em propinas.
A operação tem como base, delações premiadas de doleiros e lobistas que atuavam como intermediários de contratos da Petrobras, e conta com a colaboração da Justiça da Holanda.
Empresas estrangeiras vencedoras de licitação para construção e afretamento de três navios lançadores de linha (PLSVs) para águas de até 3 mil metros de profundidade repassaram o serviço para uma companhia holandesa, representada pelo lobista brasileiro Maurício Carvalho.
Assinado há nove anos, o contrato de US$ 2,7 bilhões ainda está em vigor.
A propina de US$ 40 milhões teria sido paga pela empresa de navegação marítima Sapura para Carvalho em troca de informações privilegiadas dentro da Petrobras, que serviram para apresentar a proposta que ganharia a concorrência.
Segundo a Lava Jato, o lobista contou com a ajuda de Eduardo Navarro Antonello, que era o representante do grupo Seadrill, ligada à Sapura.
As duas empresas, Maurício Carvalho e Eduardo Antonello foram alguns dos alvos da Operação desta quarta-feira.
Os pagamentos das propinas eram depositados em contas bancárias abertas em paraísos fiscais localizados em seis países. Parte do dinheiro foi transferida para dois altos executivos da Sapura, um ligado à empresa no Brasil, e outro na Malásia.
Em Aracaju, houve busca e apreensão no escritório de um conselheiro da Centrais Elétricas de Sergipe (Celse). A empresa não é investigada.
Os contratos sob suspeita foram assinados pela diretoria de exploração e produção da Petrobras.
Em nota, a Petrobras disse que colabora com as investigações desde 2014 e é coautora do MPF e da União de 18 ações de improbidade administrativa em andamento, além de participar como assistente de acusação em 71 ações penais.
A estatal também declarou que já recebeu mais de R$ 4,6 bilhões provenientes de processos de casos de corrupção vencidos no Brasil e no exterior.
Editor Chefe: Fábio Pannunzio
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