Médico acusado de crimes sexuais é preso perto do Aeroporto de Congonhas, em SP
Fabio PannunzioGRADEHilightsJustiçaPolíciaviolência 14 de dezembro de 2020 Equipe TV Democracia 0

O nutrólogo Abib Maldaun Neto foi preso nesta segunda-feira (14) perto do Aeroporto de Congonhas, Zona Sul de São Paulo.
Acusado por ex-pacientes de abusos sexuais, ele está com a prisão preventiva decretada pela Justiça desde o último dia 2.
Um radar identificou o carro onde estava o médico como o de pertencer a um procurado da Justiça.
Policiais militares encontraram o veículo e prenderam Abib, que estava acompanhado de uma advogada.
Ele não reagiu à ordem de prisão.
Os PMs apreenderam uma mala, remédios e celulares e encaminharam o médico para a Divisão de Capturas da Polícia Civil, no Centro de São Paulo.
Por ter curso superior, ele deverá ficar em uma cela especial em local ainda a ser definido.
A prisão foi decretada pela juíza Ana Cláudia dos Santos Sillas, da 26ª Vara Criminal.
Ela justificou diante da “gravidade dos crimes imputados ao médico, praticados no exercício da sua função”, e para impedir que haja o desaparecimento de provas indispensáveis ao processo.
A juíza afirmou ainda ser grave o fato do nutrólogo já ter sido condenado pelo mesmo crime e que, durante a tramitação do caso, continuou praticando atos semelhantes com outras pacientes.
Ela aceitou mais uma denúncia e o tornou réu pela segunda vez pelos crimes praticados dentro do consultório na capital paulista.
Abib sempre negou as acusações e disse que iria se defender na Justiça.
De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o médico é denunciado pelos crimes de violação sexual mediante fraude.
Pelo menos 16 mulheres – 9 vítimas e 7 testemunhas, acusaram Abib de abusos cometidos entre 1997 e 2008.
Os casos envolvendo as testemunhas, que também são vítimas, já prescreveram e por isso a promotora Maria Fernanda Marques Maia, colocou-as na condição de testemunhas.
“As circunstâncias são idênticas. Além da palavra da vítima, temos provas documentais. Não é uma palavra isolada, é um conjunto de provas”, disse a promotora.
Abib foi condenado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) em regime semiaberto, mas respondia em liberdade.
Ele chegou a receber a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da cidade de São Paulo da Câmara Municipal, em 2016.
O projeto foi de autoria da vereadora Sandra Tadeu (DEM-SP) e as honrarias foram revogadas este ano.
O ex-médico Roger Abdelmassih, condenado por estupro de pacientes, chegou a ser homenageado pelos vereadores paulistanos, mas também teve as honrarias cassadas.
A situação de Abib Maldaun Neto como profissional da saúde também caminha para a cassação no Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) e no Conselho Federal de Medicina (CFM), onde poderá recorrer contra a decisão.
Editor Chefe: Fábio Pannunzio
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