Ministro do STF decide que Bolsonaro não pode desistir de prestar depoimento à PF
CorrupçãoFabio PannunzioGRADEHilightsJustiçaPolíciaPolítica 7 de dezembro de 2020 Equipe TV Democracia 0

O presidente Jair Bolsonaro não pode desistir de prestar depoimento no processo que apura suposta interferência política na Polícia Federal (PF).
A decisão foi dada nesta segunda-feira (7) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele também rejeitou o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que o inquérito fosse arquivado e determinou ainda que caberá ao plenário do STF definir a forma do interrogatório do presidente na PF.
No fim de novembro, a AGU havia orientado Bolsonaro a não prestar depoimento.
Para Moraes, ele poderia usar a prerrogativa de ficar em silêncio, mas não pode se recusar previamente a não depor.
“A Constituição Federal consagra o direito ao silêncio e o privilégio contra a autoincriminação, mas não o ‘direito de recusa prévia e genérica à observância de determinações legais’ ao investigado ou réu, ou seja, não lhes é permitido recusar prévia e genericamente a participar de atos procedimentais ou processuais futuros, que poderá ser estabelecidos legalmente dentro do devido processo legal, mas ainda não definidos ou agendados, como na presente hipótese”.
O ministro disse que a lei prevê o depoimento para garantir ao acusado um julgamento justo.
“Dessa maneira, será o investigado quem escolherá o direito de falar no momento adequado ou o direito ao silêncio parcial ou total; mas não é o investigado que decidirá prévia e genericamente pela possibilidade ou não da realização de atos procedimentais”.
Alexandre de Moraes solicitou ao presidente do STF, Luiz Fux, que marque a data para a retomada do julgamento pelo plenário a respeito do formato presencial ou por escrito do depoimento do presidente no caso.
O processo foi aberto depois que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, deixou o governo e denunciou a interferência de Bolsonaro para pressionar a troca em cargos estratégicos da PF, incluindo o diretor-geral e o superintendente do Rio de Janeiro, onde o filho, o senador Flávio (Republicanos-RJ) é investigado pelo envolvimento no desvio de recursos públicos da Assembleia Legislativa do estado, a chamada “rachadinha”.
O inquérito foi interrompido no dia 17 de setembro, quando o ministro Marco Aurélio Mello decidiu que caberia ao plenário da Corte definir se Bolsonaro poderia enviar depoimento por escrito ou escolher o dia para ser ouvido pela PF.
Em outubro, antes de se aposentar, o ministro Celso de Mello defendeu que o presidente deveria comparecer presencialmente para depor.
A AGU recorreu contra a decisão.
Editor Chefe: Fábio Pannunzio
- Mais de 13 milhões de pessoas de todo o mundo já foram vacinadas contra Covid-19 - 5 de janeiro de 2021
- Taxa de transmissão de Covid-19 no Brasil cai para 1,04 - 5 de janeiro de 2021
- Bolsonaro: “Vão ter que me aguentar até o fim de 22” - 5 de janeiro de 2021
- Fabio Pannunzio em Camiseta #somos70porcento
- GUSTAVO S C GUEDES em Camiseta #somos70porcento
- Fabio Pannunzio em Fábio Pannunzio confessa: “Eu também já fui crente um dia!”
- Fabio Pannunzio em Fábio Pannunzio confessa: “Eu também já fui crente um dia!”
- Fabio Pannunzio em Fábio Pannunzio confessa: “Eu também já fui crente um dia!”
Nenhum comentário ainda. Comente!
Be first to leave comment below.