Mourão defende o governo das críticas sobre a política ambiental na Amazônia
CiênciasEconomiaFabio PannunzioGRADEHilightsMeio AmbientePolítica 7 de agosto de 2020 Equipe TV Democracia 0

O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu o ministro da Economia, Paulo Guedes, e disse nesta sexta-feira (7) que, o Brasil sofre pressão de países que “não fizeram o trabalho de preservação das próprias florestas”.
Em videoconferência promovida nesta quinta-feira (6) por um instituto de Chicago (EUA), Guedes pediu aos estrangeiros que sejam “gentis” com o Brasil porque eles “destruíram as próprias florestas”.
“Nós somos muito gentis. Nós entendemos sua preocupação. Tendo vivido tudo o que vocês viveram, vocês querem nos poupar de destruir nossas florestas, como vocês destruíram as de vocês. Vocês querem nos poupar de perseguir índios, nativos. Nós entendemos isso”, declarou ironicamente o ministro.
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira (7) que o Brasil sofre pressão de países que “não fizeram o trabalho” de preservação das próprias florestas e que a declaração do ministro Paulo Guedes (Economia) a estrangeiros sobre o tema “não atrapalha”.
Mourão, que é o presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, disse hoje em Brasília, que “às vezes a gente sofre determinadas pressões oriundas de países que não fizeram o trabalho deles em outro período da história. Não atrapalha, o Guedes, ele só ajuda”,
Ele também afirmou que a exploração da Amazônia deve seguir os “parâmetros atuais da sociedade” para evitar a destruição do meio ambiente como aconteceu em outros países: “Haveria aquela corrida do ouro na Califórnia e no Alasca, que ocorreu no século XIX, em pleno século XXI, com aquelas características? Não haveria. É a mesma coisa que acontece na Amazônia. A exploração da Amazônia tem que se dar dentro dos parâmetros que são da Humanidade de hoje, e não de dois ´séculos atrás”.
Sobre as pressões de investidores internacionais e nacionais, Mourão disse que eles procuram locais com respeito ao meio ambiente, às questões sociais e com boa governança: “Isso faz parte do diálogo. Isso não é problema (Guedes). O investidor ele vem aonde ele vai ganhar dinheiro. Hoje, o investidor por pressão, vamos dizer assim, daqueles que colocam dinheiros nos fundos de investimento, ele busca lugares onde haja respeito ao meio-ambiente, respeito a questão social e que haja governança, que o dinheiro dele dê lucro”.
Sobre o aumento em um ano de 34,5% nas áreas de alerta de desmatamento na Amazônia anunciado nesta sexta-feira (7) pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), o vice entendeu que há uma “inversão de tendência”.
Ele admitiu que o governo Bolsonaro demorou para agir e previu que, haverá uma redução na comparação entre julho de 2020 e julho de 2021, há uma redução.
Mourão disse que o governo trabalha para “colocar o desmatamento dentro do mínimo aceitável” e defendeu a repressão aos crimes ambientais e a regularização fundiária.
O ministério da Defesa retomou hoje (6) a operação de combate a garimpos ilegais na terra dos indígenas Munduruku, no Pará. Ela havia sido suspensa na véspera, depois que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, se encontrou com os garimpeiros e indígenas favoráveis ao garimpo, que pediram que ela não fosse realizada.
Além de afirmar que todos os garimpeiros eram indígenas, o vice defendeu que eles possam explorar as terras demarcadas dentro da legislação ambiental vigente: “Eles sabem que tem ouro lá. Nós temos que parar de tapar o sol com a peneira e entender que o indígena tem que ter o direito de explorar a riqueza que tem na terra dele dentro dos ditames da nossa legislação. A partir daí, ele terá acesso às benfeitorias, ao progresso material da Humanidade”, disse Mourão.
O governo ainda não explicou os motivos de apenas 15% dos recursos destinados à fiscalização, controle de desmatamento e de incêndios para 2020 terem sido usados pelo ministério do Meio Ambiente. No momento, o fogo já destruiu mais de um milhão de hectares do Pantanal.
Editor Chefe: Fábio Pannunzio
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