Mourão diz que prisão de Crivella “não tem nada a ver” com o governo Bolsonaro
CorrupçãoEleiçõesFabio PannunzioGRADEHilightsJustiçaPolítica 22 de dezembro de 2020 Equipe TV Democracia 0

Em Brasília, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, minimizou a prisão do prefeito afastado do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) efetuada nesta terça-feira (22).
Para ele, a prisão de Crivella, que foi apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro e perdeu as eleições municipais de novembro, “não tem nada a ver com o governo”.
“Isso aí é questão policial, segue o baile, investigação e acabou. Para o governo não tem impacto nenhum. Tem nada a ver com a gente. Sem impacto, zero impacto. Isso aí, a gente apoia tanta candidatura aí. Não tem nada a ver”.
Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou a operação de hoje (22) que prendeu e afastou Crivella da prefeitura do Rio.
“Achei uma decisão abusiva. Mandar prender um prefeito com os motivos usados não faz sentido”.
Em entrevista à CNN Brasil, Maia disse que a prisão não se justifica porque Crivella tem endereço fixo conhecido pela Justiça e não ofereceria risco de fuga.
Ele espera que a prisão seja revogada nas instâncias superiores.
O parlamentar é do mesmo partido do prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes (DEM-RJ), que venceu Crivella nas eleições municipais de novembro e assume o cargo no dia 1º de janeiro.
As investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) que levaram à prisão e o afastamento de Crivella da prefeitura identificaram uma movimentação atípica de quase R$ 6 bilhões entre a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), do qual ele é bispo licenciado, e um esquema suspeito de lavagem de dinheiro.
A “movimentação financeira anormal” aconteceu entre maio de 2018 e abril de 2019.
Segundo o MP-RJ, a igreja foi utilizada para ocultação de dinheiro obtido com o esquema de propinas montado dentro da prefeitura do Rio sob a chefia do empresário Rafael Alves, um dos presos na operação de hoje (22).
Empresas interessadas em contratos com a prefeitura ou o pagamento de dívidas precisavam passar pelo chamado “QG da Propina” para conseguirem seus objetivos.
Mauro Macedo, primo do líder da Igreja Universal, Edir Macedo, e ex-tesoureiro das campanhas eleitorais de Crivella, foi um dos presos hoje assim como o bispo da IURD e ex-senador Eduardo Lopes (Republicanos-RJ) e o pastor evangélico Adenor Gonçalves, que foi dono das Universidades Gama Filho e UniverCidade.
A Rede Record, que pertence à IURD, teve dificuldade para dar a notícia da prisão de Crivella.
No programa Fala Brasil, a manchete foi bem diferente do óbvio informado pelas demais mídias: “Prefeito Marcelo Crivella é conduzido para a Cidade da Polícia”.
Sob pressão das redes sociais e de espectadores, só mais tarde a emissora passou a tratar o assunto como prisão do prefeito carioca.
Editor Chefe: Fábio Pannunzio
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