OMS critica governos pela estratégia de imunidade de rebanho e alerta sobre a reabertura das escolas
colunistasCoronavirusEducaçãoFabio PannunzioGRADEHilightsInternacionalSaúdeTertulia 18 de agosto de 2020 Equipe TV Democracia 0

Os governos devem descartar a estratégia de criar uma imunidade de rebanho como forma de barrar a disseminação da Covid-19 e com isso manter as economias abertas e, ao mesmo tempo, acelerar a proteção de suas populações.
A recomendação foi feita nesta terça-feira (18), pelo diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), o irlandês Michael Ryan.
Segundo Jamil Chade, correspondente da TV DEMOCRACIA, em Genebra, na Suíça, a OMS aponta que, com mais de 770 mil mortes e quase 22 milhões de casos pelo mundo em oito meses de pandemia, estudos revelaram que, em média, 90% da população do planeta estão suscetíveis ao vírus, e por isso, a imunidade de rebanho não deve ser usada como estratégia de combate ao coronavírus.
Ryan criticou os governos que buscam esse caminho: “Não sabemos qual o nível de imunidade de rebanho. Não há, para mim, uma questão. Há um longo caminho para isso e vamos continuar longe disso sem uma vacina”.
“Como planeta, como uma população global, não estamos nem perto dos níveis de imunidade capaz de parar essa doença. Precisamos nos focar em suprimir a transmissão e não esperar que a imunidade de rebanho seja nossa salvação”, afirmou o diretor da OMS.
Para a instituição, falar em circular o vírus como forma de criar proteção envolveria um número elevado de mortes, algo inaceitável. “Isso não é a salvação e nem deve ser a solução”, alertou Ryan, que ressalvou a possibilidade de que a imunidade de rebanho ocorra a taxas inferiores a 80% da população.
De acordo com a OMS, mais de 100 estudos em mais de 50 países indicaram que menos 10% da população apresentam algum tipo de evidência da presença de anticorpos e, mesmo entre os profissionais de saúde e pessoas mais exposta ao vírus, a taxa não passa de 20% ou 25%.
“Isso significa que a maioria da população mundial continua suscetível à infecção e que o vírus tem a oportunidade de circular”, concluiu a diretora técnica, a americana Maria van Kerkhove.
Ela lamentou as aglomerações registradas no final de semana, em Wuhan, na China, primeiro epicentro mundial da doença: “As pessoas precisam entender que as pessoas estão morrendo. Elas precisam tomar decisões. Suas vidas dependem disso. Todos precisam entender quais são os riscos e se é possível evitar aglomerações”.
Kerkhove disse que entende a importância da volta às aulas presenciais, mas advertiu que as escolas não estão em situação de isolamento e que, se uma sociedade vive uma transmissão intensa de Covid-19, elas também podem ser afetadas.
“Escolas não operam em isolamento. Se o vírus circula na comunidade, há uma possibilidade de que entre na escola”, afirmou a médica americana.
Editor Chefe: Fábio Pannunzio
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