OMS diz que o Brasil deve levar a sério o avanço de casos e mortes por Covid-19
CiênciascolunistasCoronavirusFabio PannunzioGRADEHilightsInternacionalSaúde 30 de novembro de 2020 Equipe TV Democracia 0

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está preocupada com o avanço da pandemia da Covid-19 no Brasil.
Nesta segunda-feira (30), o diretor-geral, o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, e o diretor de emergências, o irlandês Mike Ryan, deixaram a diplomacia e fizeram questão de alertar sobre a situação brasileira.
O correspondente da TV DEMOCRACIA em Genebra, na Suíça, Jamil Chade, acompanhou a coletiva de imprensa.
O diretor-geral enfatizou que o Brasil precisa levar a sério o aumento de casos de Covid-19.
Ele lembrou que, no auge da pandemia, o país registrava 319 mil novos casos por semana: “A boa notícia é que o número estava em queda até a semana de 2 de novembro, quando 114 mil casos foram registrados no Brasil. Foi um terço do que foi registrado quando atingiu o seu clímax”.
No entanto, observou Tedros Adhanom, “os números voltaram a crescer de forma importante e, na semana de 26 de novembro, a taxa chegou a 218 mil casos por semana. Os números mais uma vez dobraram em menos de um mês”.
“O Brasil teve seu ápice em julho. O número de casos estava diminuindo, mas em novembro os números voltaram a subir. O Brasil precisa levar muito, muito a sério esses números. É muito, muito preocupante”, disse Tedros.
Ele também comentou sobre o número de mortes: “Foram 2.538 mortes na semana do dia 2 de novembro. Agora, chega a 3.876 na semana do dia 26 de novembro. Esse é um aumento significativo”.
Já Mike Ryan afirmou que o país precisa “agir rapidamente” para frear a nova expansão da doença, que a atenção deve ser concentrada em regiões e avaliada de uma forma diferenciada.
Ryan não quis discutir se o Brasil e outros países vivem uma segunda onda ou um novo avanço de casos: “Se chama segunda onda ou aumento, o fato é que o número cresce”.
Para ele, as autoridades devem agir para apoiar o sistema de saúde, reforçando o alerta dado na última sexta-feira (27) para que os governos federal e estaduais atuem de forma coordenada no combate à pandemia.
“Precisamos controlar os casos e manter os números baixos. Os países precisam atacar os casos que ressurgem para que eles não se propaguem. Essa é a recomendação para todos os países. Uma vez que você reduz o número de casos, você precisa manter esse número baixo”, reforçou a líder técnica da OMS, a americana Maria van Kerkhove.
A taxa de transmissão (Rt) de Covid-19 no Brasil (1,30) divulgada pelo Imperial College de Londres na semana passada, é a mais alta desde maio.
Ela apontava que, 100 pessoas contaminadas poderiam contagiar outras 130.
Na semana de 24 de maio, a Rt foi de 1,31.
Editor Chefe: Fábio Pannunzio
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