Polícia Civil e MP-DF fazem Operação Falso Negativo em 7 estados e no DF

A Polícia Civil e o Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF) deflagraram, na manhã desta quinta-feira (2), a Operação Falso Negativo, que apura superfaturamento e fraudes na secretaria da Saúde do Distrito Federal (DF). Os prejuízos são estimados em cerca de R$ 30 milhões.

O nome da Operação se refere à baixa qualidade dos testes de coronavírus que podem dar falso negativo.

Os policiais cumprem 81 mandados de busca e apreensão em mais de 20 cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Bahia, Santa Catarina, Espírito Santo, Paraná e no Distrito Federal.

O subsecretário de Administração-Geral da secretaria da Saúde do DF, Iohan Andrade Struck, e o diretor do Laboratório Central do DF, Jorge Antônio Chamon Júnior, estão entre os alvos.

Segundo os investigadores, servidores da secretaria da saúde montaram um esquema para fraudar ou dispensar licitações e comprar testes IgG/IgM com preços superfaturados. Eles ainda trocaram marcas de testes por outras de baixa qualidade, o que pode resultar em falso negativo.

A quadrilha é acusada de vários crimes como organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, fraudes em licitações e formação de cartel.

Em nota, a secretaria da Saúde do DF informou que “todos os testes adquiridos, recebidos por meio de doações ou enviados pelo ministério da Saúde, tem o certificado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e portanto foram testados e aprovados pelo órgão federal.”

A secretaria também negou que houve superfaturamento nas compras e que os valores são os praticados no mercado.

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