Serra é alvo de operação da Lava Jato Eleitoral por caixa 2 na campanha de 2014
CorrupçãoEleiçõesFabio PannunzioGRADEHilightsJustiçaPolíciaPolíticaTertulia 21 de julho de 2020 Equipe TV Democracia 0

Pela segunda vez em um mês, o senador e ex-governador José Serra (PSDB-SP) volta a ser alvo de uma etapa da Operação Lava Jato.
Na madrugada desta terça-feira (21), a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Eleitoral (MPE) deflagraram a Operação Paralelo 23. Foram expedidos mandados de busca e apreensão no gabinete de Serra no Senado e no apartamento funcional dele, em Brasília e em dois imóveis do senador em São Paulo. Também há quatro mandados de prisão temporária e um total de 15 mandados de busca e apreensão para serem cumpridos em Itu e Itatiba, no interior paulista.
O juiz da 1ª Vara Eleitoral de São Paulo também determinou o bloqueio de contas bancárias dos investigados. Eles vão responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.
O inquérito policial foi remetido à primeira instância da Justiça Eleitoral de São Paulo pelo Supremo Tribunal Federal no ano passado.
As investigações se concentram na campanha de Serra ao Senado, em 2014. Na época, ele não tinha o mandato parlamentar e teria recebido R$ 5 milhões em doações do empresário José Serpieri Júnior. O dinheiro teria entrado no caixa 2 da campanha.
O empresário é fundador e dono da Qualicorp, grupo que vende e administra planos de saúde coletivos. Ele teria dividido as doações em três parcelas, duas de R$ 1 milhão cada e uma de R$ 3 milhões, e é um dos alvos de mandado de prisão.
Empresas dos setores de nutrição e da construção civil também estão envolvidas. Todas elas são acusadas de realizarem operações financeiras e societárias simuladas para encobrir doações ao caixa 2 da campanha de ex-governador de São Paulo.
Os empresários José Serpieri Júnior e Rosa Maria Garcia foram presos e levados para a sede da Polícia Federal, na zona oeste de São Paulo. Por motivos de saúde, outro empresário, Arthur Azevedo Filho, está preso em casa. Já o publicitário Mino Mattos Mazzamati não foi encontrado e é considerado foragido.
Em nota, a assessoria do senador José Serra “lamentou a espetacularização que tem permeado ações deste tipo de país, reforça que (ele) jamais recebeu vantagens indevidas ao longo dos seus 40 anos de vida pública e sempre pautou sua carreira política na lisura e austeridade em relação aos gastos públicos. Importante reforçar que todas as contas de sua campanha, sempre a cargo do partido, foram aprovadas pela Justiça Eleitoral”.
As defesas dos demais envolvidos não tinham se manifestado até às 10h30 desta terça-feira.
Serra já é alvo de outra investigação da Lava Jato Eleitoral. No começo de julho, ele e a filha foram denunciados por lavagem de dinheiro. Uma conta dele na Suíça com mais de R$ 40 milhões foi bloqueada pela Justiça.
Editor Chefe: Fábio Pannunzio
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