STF vai decidir se Bolsonaro deve ou não comparecer à PF para responder denúncia de Moro

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se o presidente Jair Bolsonaro poderá depor por escrito, se preferir, escolher o dia que vai depor pessoalmente na Polícia Federal (PF) no inquérito que apura supostas interferências dele no departamento.

A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (17) pelo ministro Marco Aurélio Mello, do STF.

Ele suspendeu o andamento do inquérito e o depoimento de Bolsonaro.

Mello respondeu a um recurso da Advocacia-Geral da União (AGU), que defende que o presidente envie depoimento por escrito e se recuse a cumprir intimação da PF, que tinha intenção de ouvir Bolsonaro na semana que vem.

O recurso do Palácio do Planalto havia sido derrubado pelo ministro Celso de Mello, na semana passada.

Como o decano do STF está de licença médica, o caso passou para o segundo ministro mais velho do tribunal, Marco Aurélio Mello.

A data da sessão que vai julgar sobre o trâmite do caso será definida pelo presidente do STF, ministro Luiz Fux.

Bolsonaro é acusado pelo ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, de interferir na PF, órgão subordinado à pasta.

Segundo Moro, o presidente tinha interesse em mudar o superintendente do Rio, que investigava casos ligados à família dele.

A denúncia foi a público logo depois que Moro deixou o ministério em maio.

A PF pediu ao STF mais 30 dias para concluir o inquérito.

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