Varejo brasileiro tem crescimento recorde em maio

As vendas do comércio varejista em maio cresceram 13,9% em relação a abril. É a maior alta da série histórica da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciada em janeiro de 2000.

A boa notícia não foi insuficiente para recuperar as perdas acumuladas de 19,1% dos dois meses anteriores. Em março, a queda foi de 2,8% e em abril, foi um tombo recorde de 16,3%. A retração está diretamente ligada aos efeitos da pandemia do coronavírus na economia.

Na comparação com maio de 2019, o setor varejista teve uma redução de 7,2%. Foi a terceira taxa negativa em três meses seguidos.

O varejo brasileiro acumula uma queda de 3,9%. Em relação ao patamar recorde registrado em outubro de 2014, a retração é maior ainda (12,3%).

O gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos, explicou o resultado de maio: “Foi um crescimento grande percentualmente, mas temos que ver que a base de comparação foi muito baixa. Se observarmos apenas o indicador mensal, temos um cenário de crescimento. Mas, ao olhar para os outros indicadores, como a comparação com o mesmo mês do ano anterior, vemos que o cenário é de queda”.

Todas as oito atividades pesquisadas em todo o país tiveram desempenho positivo de abril para maio. Destaque para tecidos, vestuário e calçados, com crescimento de 100,6%. Porém, são os ramos que estão entre os mais afetados pela pandemia e menor consumo das famílias.

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